terça-feira, 17 de março de 2009

Exames Nacionais

Olá pessoal...

Para os interessados em fazer exame nacional, para ingresso no ensino superior, deixo aqui um endereço que vale a pena consultar: http://www.gave.min-edu.pt/np3/218.html. Aqui poderão encontrar resposta a algumas das vossas dúvidas, no âmbito das diversas disciplinas em que poderão fazer exame.

Para não esquecerem, nem deixararem passar datas importantes, façam o download do PDF localizado em www.dges.mctes.pt/NR/rdonlyres/80178CDE-7BD2-4B6D-90A5-CB0A6CB37DAB/3119/calendário2009.pdf.

Façam ainda o download do PDF da(s) disciplina(s) a que vão fazer exame, para poderem ter uma noção da estrutura da prova e forma como será corrigida.

Já agora pode ainda interessar-vos saber que....
"A primeira fase de exames nacionais do Ensino Secundário realiza-se este ano de 16 e 23 de Junho, sendo as classificações afixadas a 07 de Julho, de acordo com um despacho publicado hoje em Diário da República.
O despacho assinado pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, estipula que o exame de Português do 12.º ano de escolaridade inaugura o calendário, enquanto que as provas de Matemática B e A estão agendadas para o último dia da primeira fase, período em que se realizam um total de 27 provas.

O prazo normal para a inscrição nestas provas decorre de 02 a 11 de Março, e o suplementar nos dois dias seguintes. As inscrições para a segunda fase realizam-se a 08 e 09 de Julho.

A segunda fase dos exames decorre de 13 a 16 de Julho, com afixação das pautas a 30 de Julho."

In http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=5ACA05C9C7CD79E8E0400A0AB8002F82&opsel=1&channelid=0.

Para obterem provas modelo, exames de anos anteriores e respectivas correcções, etc, visitem este endereço http://www.exames.org/index.php.

Para outras dúvidas...é só perguntar!
Agora...toca a estudar!

Um abraço...

A professora,
Patrícia Farias





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

De volta...

Olá!

Apesar de ter andado uns tempos ausente, isso não significa que me tenha esquecido deste meu "cantinho do céu", onde posso partilhar convosco algumas dicas sobre a nossa língua portuguesa. É verdade, importa que nunca descuremos que o nosso idioma, o código linguístico que nos permite comunicar, deve ser SEMPRE bem tratado, cuidado, mimado, pois ele é um ícone da cultura portuguesa.

Hoje lembrei-me de partilhar convosco uma das dúvidas que mais vezes assola muitos de nós...
Se hoje não vos falasse disto, numa outra ocasião falar-vos ia, com toda a certeza. Ops...mas escreve-se falasse ou fala-se? Eis que a dúvida se instala.

Então...aqui vai a regra para não mais errar:

Por vezes, ao escrever, confundimos fala-se e falasse, ri-se e risse, come-se e comesse…

a) "Hoje, fala-se muito acerca da eutanásia."
b) "Gostava que se falasse mais sobre literatura."

Assim:
a) fala-se é uma forma do Presente do Indicativo: é uma acção real.
b) Falasse é uma forma do Imperfeito do Conjuntivo: é uma acção provável.

O truque? Experimentem construir as frases na negativa:
Fala-se / Não se fala - Hoje não se fala muito acerca da eutanásia.
Falasse / Não falasse - Gostava que não se falasse mais sobre literatura.

Se o -se mudar de lugar é porque é separado por hífen!

Um abraço...
Patrícia


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Natal é Amor!

FALAVAM-ME DE AMOR

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.

Natália Correia

Festas Felizes...

É outra vez Natal...


Olá!


O cheiro já paira no ar. Nas ruas já se vê o frenesim, uma correria desenfreada para as lojas. Papéis cintilantes, luzes coloridas, bolas, azevinho, laços de encantar. Nas montras a doce sedução de um presente que se quer dar. Pois é...mais um Natal a chegar. Mais um ano que passou. Emoções, vivências, experiências, um sem número de momentos que já lá vão.


O ano passa a correr, quase sem darmos por ele e, quando esta época festiva se aproxima, importa que nos olhemos por dentro, que tenhamos a capacidade de perceber o que fizemos, quem fossos, como actuámos, ao longo dos últimos meses! A vida é demasiadamente fugaz para ser desperdiçada com coisas de menor importância. Nesta época é frequente deixarmo-nos levar pelo consumismo enfurecido, que apenas quer deslumbrar. Procuramos os mais belos e requintados presentes, enfeitados pelos mais deslumbrantes embrulhos.... Mas, tendemos a passar ao lado de situações bem mais importantes, bem mais prementes. Nesta época de crise financeira mundial, são cada vez mais aqueles que necessitam de um ombro amigo, que necessitam do calor de um abraço, de um prato de sopa quente e reconfortante, capaz de os fazer esquecer das mágoas e dos problemas diários que enfrentam.


Nas ruas vemos a mendicidade aumentar. Muitas vezes, a dita mendicidade encobre-se com o manto da vergonha, com o manto do receio da crítica, da discriminação. Quantas e quantas famílias, outrora felizes, sem quaisquer problemas monetários, se vêem agora despedaçadas, amaldiçoadas pela fome, que insiste em perdurar. O desemprego aumenta, os lares empobrecem a cada minuto... Por isso, é hora de parar! É hora de olhar para o lado e ver quem necessita da nossa ajuda! Importa termos a capacidade de reflectir e tentar mudar o que está errado, deixando de ver o mundo sob o prisma dos nossos desejos e ambições. Importa que tenhamos a humildade de olhar o outro, sendo solidários com quem mais precisa. Hoje tu, amanhã eu... Importa ajudar. É tempo de partilha, de amar o próximo, sem segundas intenções, sem desejar nada em troca. Amar pelo prazer de amar.


Boas Festas!


Um abraço.

Como escrever um bom texto...

Um texto é uma mensagem

Um texto serve para exteriorizar pensamentos. O texto fica fora do autor, libertando a sua memória. Permite-lhe relacionar o que já sabe (pois está escrito) com o que quer saber (que ainda é questão). Escrever aprimora o pensamento.

Um texto permite aceder a um pensamento ordenado de outra pessoa em qualquer momento. Escrever é um acto de comunicação que permite ao autor divulgar ideias com maior rigor do que a oralidade. Escrever “bem” é transmitir correctamente uma mensagem aos potenciais leitores.

Um texto é considerado “bom” por um leitor quando lhe fornece algo que não possuía. “O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência”(*).

Na redacção de um texto, cada "escritor" utiliza a sua estratégia. Quanto mais complexo for o assunto a escrever, mais exigente é o domínio do processo de escrita. O esquema e as sugestões a seguir devem ser consideradas pistas para reflexão, contribuindo para o aperfeiçoamento da metodologia da redacção.

Metodologia da redacção de um texto

Metologia da redacção

1º Escrever o título, a ideia, as palavras-chave e as fontes de informação

1½º Pesquisar, Ajustar, Reler

2º Escrever as frases

2½º Pesquisar, Ajustar, Reler

3º Acrescentar ideias/temas/conceitos

3½º Pesquisar, Ajustar, Reler

4º Responder às questões da comunicação necessárias: o quê? quem? onde? quando? quanto? como? porquê? Para quê? …

4½º Pesquisar, Ajustar, Reler

5º Acrescentar as pertinentes imagens/esquemas/tabelas

5½º Pesquisar, Ajustar, Reler

Dar a ler a outro e anotar os comentários

6½º Pesquisar, Ajustar, Reler

Sugestões:

1. Aproveitar a inspiração para o texto – Sabendo com alguma antecedência que terá de escrever o texto, vá anotando as ideias que vão surgindo (poderão esfumar-se …). Vale a pena o esforço de registar as suas ideias, mesmo numa situação delicada (por exemplo, inicio do sono).

2. Definir datas para as etapas do texto – Terá de ser persistente na redacção do texto. Um texto nunca fica acabado à 1ª, à 2ª, à 3ª, …, à 10ª, …, à 30ª, …
Esquece o texto durante dois dias (pelo menos) e depoia relê-o como se o estivesse a descobrir.

3. Elaborar títulos explícitos – Após a escrita das palavras-chave, pode ser necessário definir um índice com os nomes dos capítulos e/ou sub-capítulos ordenados.

4. Identificar o texto - Um texto deve ser referenciável. Ou seja, possuir: título, autor, data e endereços (editora, instituição, cidade, site, e-mail, …).

5. Conduzir o leitor – Um texto tem a sequência
Introdução >>> Desenvolvimento >>> Conclusão
e cada uma destas pode ser novamente abordada nessa sequência.
- A “Introdução” prepara o leitor para o texto, assumindo a forma de uma apresentação, uma síntese, um preâmbulo ou um prelúdio.
- O “Desenvolvimento” é o corpo do texto, esclarece e evidencia o tema, relaciona conhecimentos, expõe opiniões e argumentos.
- A “Conclusão” é o desfecho do texto onde se liberta as ideias essenciais, podendo assumir a forma de resumo ou epílogo e, eventualmente, incluir uma avaliação do trabalho/texto.

6. Utilizar as palavras mais ajustadas ao leitor – O texto fica aperfeiçoado se, enquanto escreve, o autor mantiver uma imagem nítida do destinatário.

7. Esclarecer os principais conceitos – Os principais conceitos do texto devem ser “definidos” com a devida antecedência. O leitor fica desorientado quando surgem palavras novas ou relações inesperadas entre conceitos.

8. Inserir credibilidade no texto – Acrescentar uma citação, uma referência, uma data, uma quantidade, um exemplo, uma situação concreta, …, tendo pesquisado textos similares.

9. Autentificar o texto – Coloque o seu cunho pessoal, a sua opinião, a sua contribuição, a sua experiência única. “O objetivo de um artigo é convencer alguém de uma nova idéia, não convencer alguém da sua inteligência” (*). Mas tenha cuidado com os preconceitos!

10. Seleccionar as melhores palavras – Um texto é pessoal e cada leitor interpreta-o, desvirtuando a ideia do autor. Efectuar um esforço para escrever o mesmo com melhores palavras, sendo pertinente a consulta de dicionários para encontrar sinónimos ou antónimos. Não esquecer de acrescentar os adjectivos elucidativos.

11. Sustentar a unidade do texto. Cada frase deve ser considerada um contributo para a compreensão da ideia do texto. O leitor deve sentir sempre um “fio-condutor” pelo assunto principal do texto. .

12. Poupar palavras – Escrever o mesmo com menos palavras. Retirar as frases desnecessárias, repetitivas ou inúteis. Escrever frases simples e curtas (menos de 18 palavras). Após a leitura, o leitor deve sentir o texto como uma unidade geral.

13. Eliminar erros gramaticais – A atenção do leitor deve estar no conteúdo do texto e não na sua forma. Esforço por manter um tempo verbal (presente/passado/...) e uma pessoa (nós, impessoal, eu,...).

14. Formatar o texto – Utilizar apenas um tipo de letra e legível (arial, verdana, …), margens 2,2,3,2, parágrafos a espaço e meio e identados (inicio da primeira linha a 1 cm), subtítulos a negrito.

15. Anexar informação – Acrescentar complementos ao documento (apêndices, anexos, índices ou bibliografia).

16. Auxiliar a retenção da informação – Inserir uma imagem, som, animação ou vídeo.

17. Prever a interpretação – Ler o texto em voz alta e com a devida entoação. Faça o leitor reflectir e questionar o texto.

18. Divulgar o texto - Um texto merece ser lido.

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(*) Stephen Kanitz (ano?). Como escrever um bom artigo. http://www.kanitz.com.br/comoescreverumartigo.htm (acessível em 31Out2005).

Fonte: http://www.prof2000.pt/users/folhalcino/ideias/comunica/redaccao.htm

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Diz-se... ter pago ou ter pagado???

Olá!

O verbo pagar possui dois particípios passados, um regular (pagado) e um irregular (pago). Resta saber quando se deve usar um ou outro. Pois bem, a forma regular usa-se com os verbos ter e haver (ter pagado, haver pagado) e a forma irregular aplica-se com os verbos ser e estar (ser pago; estar pago).

Os verbos apresentar, empregar e encarregar só aceitam as formas apresentado, empregado e encarregado, ainda que existam gramáticas e dicionários que já aceitam as formas encarregue e empregue,uma vez que o seu uso se está a tornar frequente.

Quanto aos outros verbos com dois particípios, reparem na listagem que se segue:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
absorver absorvido absorto
aceitar aceitado aceito, aceite
acender acendido aceso
afligir afligido aflito
assentar assentado assente
benzer benzido bento
cativar cativado cativo
cegar cegado cego
completar completado completo
convencer convencido convicto
corrigir corrigido correcto
cultivar cultivado culto
descalçar descalçado descalço
dirigir dirigido directo
dissolver dissolvido dissoluto
distinguir distinguido distinto
eleger elegido eleito
emergir emergido emerso
entregar entregado entregue
envolver envolvido envolto
enxugar enxugado enxuto
escurecer escurecido escuro
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso
extinguir extinguido extinto
frigir frigido frito
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
imergir imergido imerso
imprimir imprimido impresso
incorrer incorrido incurso
inquietar inquietado inquieto
inserir inserido inserto
isentar isentado isento
juntar juntado junto
libertar libertado liberto
limpar limpado limpo
manifestar manifestado manifesto
matar matado morto
morrer morrido morto
nascer nascido nato, nado
ocultar ocultado oculto
omitir omitido omisso
pagar pagado pago
prender prendido preso
romper rompido roto
salvar salvado salvo
secar secado seco
soltar soltado solto
submergir submergido submerso
suspender suspendido suspenso
tingir tingido tinto
vagar vagado vago

E em bom português diz-se...


Desafio da semana:

  • Aproximar-se de... ou Aproximar-se a?
  • bem-vindo...ou...benvindo?
  • balãos...ou...balões?
Aguardam-se respostas até dia 15 de Dezembro de 2008!

Até já...